Bullying na adolescência: entenda os impactos

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Sumário

O bullying na adolescência é uma situação complexa, que vai muito além de brincadeiras de mau gosto ou conflitos pontuais entre colegas. 

Trata-se de uma forma de violência intencional e direcionada, que causa sofrimento físico e/ou psicológico à vítima.

Pode ocorrer por meio de agressões diretas, como xingamentos, empurrões ou humilhações, ou por ações mais sutis, como exclusão social, boatos e intimidações virtuais.

Durante a adolescência, período marcado pela construção da identidade e por intensas transformações emocionais, o impacto do bullying pode ser ainda mais profundo. 

Nesse momento da vida, o jovem está tentando entender quem é, qual seu lugar no mundo e como pode se relacionar com os outros. Ser alvo de agressões constantes pode comprometer esse processo, gerando marcas que acompanham o sujeito ao longo dos anos.

Bullying na adolescência: quando a dor vai além das palavras

O bullying na adolescência é uma situação que não deve ser minimizada ou ignorada. O sofrimento costuma ser silencioso, persistente e muitas vezes incompreendido. 

Em um momento em que a necessidade de pertencimento é intensa, ser excluído, humilhado ou violentado (verbal, física ou emocionalmente) pode gerar vergonha, insegurança, sentimentos de inadequação e profunda tristeza. 

Então, é comum que surjam sintomas como ansiedade, depressão, insônia, alterações no apetite, isolamento social e até ideias de autossabotagem ou pensamentos suicidas. 

Muitas vezes, o adolescente começa a acreditar que há algo de errado com ele, que não é digno de afeto, reconhecimento ou aceitação. Ele internaliza a violência sofrida e, assim, as ofensas, o desprezo ou a rejeição passam a ser sentidos como uma verdade sobre quem ele é.

Nesses casos, o silêncio também fala. Às vezes, o adolescente pode se calar por vergonha, medo de ser julgado, por achar que “ninguém vai entender” ou até porque acredita que merece o que está vivendo. 

Por isso, é essencial que pais, professores e demais adultos estejam atentos às mudanças de comportamento e abertos à escuta verdadeira. 

Nem sempre o adolescente vai dizer diretamente que está sofrendo bullying, mas ele pode demonstrar através de sinais, como um olhar mais apagado, uma tristeza que não passa, uma irritabilidade constante ou o desejo de se afastar de tudo. 

É nesses momentos que a presença empática e o acolhimento podem abrir espaço para que ele consiga, pouco a pouco, colocar em palavras o que está sentindo.

Família, escola e o lugar do adolescente: é preciso estar atento

A forma como os adolescentes se relacionam com os outros está profundamente ligada aos ambientes em que estão inseridos. 

Por isso, é fundamental que famílias e escolas assumam um papel ativo na construção de espaços mais saudáveis, onde o respeito, a escuta e o acolhimento sejam valores cotidianos. 

Mais do que apenas reagir a situações de bullying, é preciso prevenir, orientar e educar para a convivência.

Tanto quem sofre bullying quanto quem o pratica precisa de atenção e cuidado. Muitas vezes, o agressor também carrega dores e conflitos que acabam sendo expressos por meio da violência. 

Por isso, o apoio psicológico deve ser estendido a todos os envolvidos, sempre com o olhar atento para a singularidade de cada jovem.

É preciso estar atento aos sinais do adolescente, como mudanças de comportamento, isolamento, queda no desempenho, irritabilidade, tristeza frequente e falta de vontade de frequentar o ambiente onde o bullying ocorre. 

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Criar espaços seguros e afetivos onde o adolescente possa falar sobre o que sente e entender o impacto de suas ações sobre os outros é um passo essencial para romper o ciclo da violência.

Isso significa criar uma rede de cuidado que possa sustentar o adolescente em sua dor e ajudá-lo a reconstruir seu lugar no mundo. Afinal, um jovem que sofre bullying não precisa apenas “se defender” ou “aprender a ser forte”, ele precisa ser escutado, acolhido e compreendido em sua singularidade.

Como a psicanálise pode ajudar adolescentes que sofrem bullying

É justamente nesse ponto que a psicanálise pode ser uma aliada potente. Ao invés de oferecer fórmulas prontas ou técnicas de enfrentamento, a psicanálise propõe um espaço de escuta onde o adolescente possa se expressar com liberdade sem medo de ser julgado, interrompido ou corrigido.

Na clínica, cada palavra dita importa. A partir da escuta do que esse jovem tem a dizer (e também do que ele ainda não consegue nomear), é possível acessar camadas mais profundas de sofrimento, muitas vezes encobertas por silêncios, sintomas ou atitudes defensivas.

A psicanálise entende que o sofrimento não se resolve com respostas automáticas. Ele precisa ser compreendido em seu contexto, em sua história, no jeito único como cada sujeito vivencia os acontecimentos. 

Por isso, quando um adolescente encontra um espaço onde pode falar e ser ouvido, pode também começar a se reorganizar internamente reconstruindo sua imagem de si, seus vínculos, seu desejo e sua potência de existir.

Não se trata apenas de “melhorar” ou “deixar de sofrer”. Trata-se de poder olhar para a dor, nomeá-la, entendê-la  e, a partir disso, dar novos sentidos à própria história.

A psicóloga Juliana Koury pode ajudar!

Muitos adolescentes que sofrem bullying se sentem sozinhos, perdidos ou desconectados de si mesmos. Por isso, encontrar alguém que possa escutar com atenção e sem julgamento faz toda a diferença.

Meu trabalho como psicanalista é oferecer esse espaço de escuta e acolhimento, respeitando o tempo e a subjetividade de cada adolescente. 

Acredito que é possível transformar o sofrimento em fala, e que essa transformação pode trazer alívio, fortalecimento e novos caminhos para quem, muitas vezes, se sentiu sem saída.

Se for necessário, também posso indicar outros profissionais para compor um cuidado multiprofissional, sempre pensando no que é melhor para cada caso.

Se você é mãe, pai ou responsável por um adolescente que está sofrendo com bullying, ou se você é um jovem e sente que precisa conversar com alguém, saiba que não precisa enfrentar isso sozinho(a). 

Agende uma consulta, estou aqui para te escutar!

Foto de Juliana Koury

Juliana Koury

Juliana Koury é psicóloga clínica, psicanalista e atende em seu consultório na Vila Mariana, em São Paulo, ou online.

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