Lidar com uma criança hiperativa pode ser desafiador, tanto no ambiente familiar quanto na escola. Os comportamentos de agitação, dificuldade de concentração e excesso de energia muitas vezes geram preocupações para pais e educadores.
Em alguns casos, a criança é erroneamente vista como teimosa ou desobediente, o que pode agravar sua frustração e dificultar a compreensão do que ela realmente está enfrentando.
A hiperatividade infantil, no entanto, não deve ser vista como um obstáculo insuperável. Com o olhar atento de um profissional e a adoção de estratégias adequadas, é possível promover o bem-estar da criança e de toda a família.
Neste texto, vamos explorar os sinais da hiperatividade, suas causas e os tratamentos disponíveis, além de oferecer dicas de como lidar com essa condição em casa e na escola!
O que significa ser hiperativo?
A hiperatividade infantil vai além de ser uma criança “ativa” ou com muita energia. É importante lembrar que crianças saudáveis naturalmente demonstram curiosidade e energia em abundância, e isso faz parte do desenvolvimento normal.
No entanto, existem sinais específicos que indicam que ela pode estar sofrendo de hiperatividade e esses sintomas costumam impactar diversas áreas da vida, incluindo o aprendizado, o convívio social e até mesmo a qualidade do sono.
Principais sinais da hiperatividade infantil:
- Agitação constante: A criança pode ter dificuldade em permanecer sentada, balançar as pernas ou mexer as mãos continuamente.
- Falta de foco: Tarefas simples, como deveres escolares ou jogos, são interrompidas com facilidade devido à distração.
- Impulsividade: Falar fora de hora, interromper conversas ou agir sem pensar são comportamentos comuns.
- Dificuldades de aprendizado: A falta de concentração pode prejudicar o desempenho acadêmico.
- Problemas de sono: A criança pode demorar para adormecer ou acordar várias vezes durante a noite.
- Facilidade para se distrair: Estímulos como sons ou movimentos ao redor desviam rapidamente sua atenção.
Se você identifica esses sinais, é importante observar como eles se manifestam em diferentes contextos, como casa e escola. Buscar ajuda de um profissional é um passo essencial para entender melhor a situação.
Por que algumas crianças são hiperativas?
As causas da hiperatividade ainda não são completamente compreendidas, mas sabe-se que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel significativo no seu desenvolvimento.
Principais fatores relacionados à hiperatividade:
TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade)
Apesar da hiperatividade poder ocorrer de forma isolada, é comum esteja associada ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
Temos um artigo que fala mais sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, confira.
Complicações no parto
Partos prematuros ou com complicações podem aumentar o risco de a criança apresentar hiperatividade.
Exposição a substâncias tóxicas
O tabagismo e o consumo de álcool durante a gravidez estão associados ao aumento do risco de hiperatividade infantil.
Ambiente familiar
Conflitos familiares, maus-tratos ou situações de estresse constante também podem contribuir para a manifestação de comportamentos hiperativos.
É importante reforçar que essas são apenas algumas causas possíveis, dentre tantas outras. Compreender esses fatores é essencial para adotar estratégias de manejo que sejam realmente eficazes.
Como é Feito o Tratamento da Hiperatividade Infantil?
O tratamento da hiperatividade infantil começa com o diagnóstico feito por profissionais especializados, como um psicólogo, psiquiatra ou neuropediatra. Este processo envolve:
- A coleta de informações sobre o comportamento da criança em diferentes ambientes;
- Observações de pais e professores;
- Avaliações clínicas detalhadas.

Abordagem multidisciplinar
Uma vez identificado o quadro, o tratamento pode incluir:
- Psicoterapia: Sessões lúdicas ajudam a criança a entender suas emoções, desenvolver foco e aprender estratégias para lidar com a impulsividade. Abordagens como a psicanálise podem oferecer um espaço para que a criança e sua família elaborem conflitos emocionais subjacentes.
- Acompanhamento médico e nutricional: Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser indicado para ajudar a criança a se concentrar melhor. Esse recurso deve ser sempre supervisionado por um profissional.
- Terapia ocupacional: Trabalhar habilidades motoras e sensoriais pode ajudar a criança a desenvolver maior controle sobre seu corpo e comportamento.
O objetivo do tratamento é ajudar a criança a reconhecer e gerenciar suas dificuldades, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado.
Aqui no consultório, utilizo técnicas para ajudar a criança a entender e lidar melhor com suas emoções e seus comportamentos. As sessões lúdicas ajudam a criança a entender suas emoções, desenvolver foco e aprender estratégias para lidar com a impulsividade. Além disso, o trabalho envolve oferecer um espaço para que a criança e sua família elaborem conflitos emocionais subjacentes.
É fundamental que tenhamos uma abordagem personalizada para atender às necessidades específicas de cada criança e de sua família.
A participação dos pais também é fundamental e, por isso, trabalho para acolhê-los e orientá-los sobre como melhor apoiar o desenvolvimento de seus filhos.
O objetivo é proporcionar um ambiente de apoio para que a criança se desenvolva de maneira saudável.
Conte com o apoio da psicóloga Juliana Koury
Lidar com a hiperatividade infantil exige paciência, empatia e estratégias adequadas. Com o acompanhamento de profissionais capacitados e o apoio da família, é possível transformar os desafios em oportunidades de crescimento e aprendizado.
Como psicóloga, meu objetivo é oferecer um espaço seguro e acolhedor onde a criança e sua família possam compreender suas dificuldades e encontrar caminhos para superá-las. Se você está em busca de apoio, agende uma consulta. Juntos, podemos construir estratégias para promover o bem-estar da criança e de toda a família.
Se você tem notado sinais de hiperatividade no seu filho, não hesite em agendar uma consulta.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir o bem-estar da criança e melhorar sua qualidade de vida!